quarta-feira, 7 de abril de 2010

02

Não quero que vá embora. Esses poucos anos rebatem como uma vida, como se o tempo tivesse coberto de rachaduras e daninhas uma relíquia há tempo esquecida. Sinto-o esvair, mas não quero que se vá. Sinto como se estivesse novamente digno de sua presença, e minha euforia cresce silenciosamente dentro de meu peito, manifestando-se através dos movimentos que formam essas palavras, que serão tão confusas e sem sentidos aos outros. Quem sabe, seria outro teste para mostra-me merecedor de ti. Lobo solitário, não é mesmo? Porque não sinto como se minhas habilidades e conhecimentos estivessem sendo utilizados, aproveitados? Há algo errado, de certo. E sinto que partiu novamente, mas apenas por um momento. Uma dor no lado esquerdo revela-me que está acordado, apenas sonolento de um descanso lerdo e inútil.

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